quinta-feira, 23 de abril de 2009

Mais uma vitória da Política e da Justiça

Em 17 de abril de 2009 comemorei junto com a família do senhor Aires Domingues (vice-prefeito de Mariluz em 2001) e Carlos Alberto de Carvalho, o Carlinhos (presidente do PPS de Mariluz em 2001) que foram assassinados em 28 de fevereiro de 2001 por um pistoleiro contratado por um padre que atende pelo nome de Padre Adelino que era o atual prefeito na época. Este padre foi condenado a 18 anos de prisão pela morte destes companheiros trazendo não só consolo para as famílias, mas acima de tudo esperança de que a justifica apesar de demorada um dia pode ser feita. Na época o padre foi inclusive protegido pela própria igreja católica. Após a condenação do padre, oito anos depois do crime é importante ressaltar que ainda existe justiça em nosso país, mesmo que seja numa cidade pequenina do estado do Paraná.

Sou filiada ao PPS desde 1999 quando ingressei no partido pelas mãos de meu pai Miguel Donha. Desde a adolescência já participava ativamente dos grêmios estudantis nos colégios onde estudei, mas somente em 1999 me filiei a um partido político. Nesta época meu pai, então presidente do partido em nossa cidade, Almirante Tamandaré, era pré candidato, e pretendia disputar as eleições no ano seguinte para prefeito da cidade. Aos 22 dias do mês de janeiro de 2000, meu pai e minha mãe foram seqüestrados no portão da nossa casa, horas depois os criminosos deixaram minha mãe na beira da estrada que liga nosso município ao município vizinho de Itaperuçu, seguiram mais a frente com meu pai e o largaram mais adianta num terreno abandonado, deram-lhe um tiro na perna e fugiram. O tiro que atingiu meu pai acertou a veia aorta e em menos de 10 minutos meu pai faleceu.

Após a apuração dos fatos, a prisão do rapaz que atirou e o depoimento do homem que contratou este rapaz para dar o tiro, muitos concluíram que havíamos sido crime político, pois o rapaz que atirou confessou que havia sido contratado para dar um susto em meu pai e em troca ganharia trezentos reais e um emprego na prefeitura de Almirante Tamandaré.

Neste período muitas coisas aconteceram, provas desapareceram, pessoas morreram inclusive o rapaz que atirou e o que o contratou para o serviço também. Importante lembrar que apesar de todo esforço em torno do caso e depois de tanta sujeira, hoje o caso esta parado.

Esta vitoria comemorada por muitos militantes do partido, familiares e amigos de vitimas de crimes políticos têm que servir de incentivo e estimulo para que toda sociedade lute contra os criminosos que não se contentam em roubar o povo desfalcando o serviço publico e cometem crimes tirando a vida de pessoas que ameaçam o seu poder tentando levar um pouco de decência e transparência para a administração publica.

Enquanto a sociedade se mantiver omissa recusando-se a discutir, debater e fiscalizar os políticos, realmente pouca coisa mudará. Os jovens afastavam-se da política, pois se revoltam em ver pessoas despreparadas, com discursos muitas vezes mentirosos que só servem para enganar uma grande parte da população que insiste em votar em candidatos que compram votos com programas assistencialistas e promessas mentirosas.

As mulheres que hoje são mais da metade da população, tentam com muita dificuldade participar da vida pública, no entanto a tripla jornada, a falta de experiência e a falta de financiamento de campanha fazem com que muitas nem ao menos se filiem aos partidos políticos.

É pensando em todos estes aspectos que temos que continuar lutando e acreditando que é possível sim fazermos política neste país. É inadmissível que em pleno século XX ainda temos que pagar com sangue e não mais lutar por espaço, mas contra a violência de algumas pessoas desesperadas por poder e que a cada dia percebem que a derrota das pessoas que usam destes caminhos será inevitável.


Angela Lins Donha – PPS Almirante Tamandaré

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Condenação de padre é alerta para quem mistura violência com política

O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, disse, nesta sexta-feira, que a condenação do padre Adelino Gonçalves, mandante do assassinato do vice-prefeito de Mariluz, Aires Domingues, e do ex-presidente do partido no município, Carlos Alberto de Carvalho, o Carlinhos, serve de alerta para aqueles que ainda pensam em conduzir a política na base da violência e da bala.


Os dois membros do PPS foram assassinados na noite do dia 28 de fevereiro de 2001 por um pistoleiro, que teria sido contratado pelo padre. Ontem, o padre, que na época era prefeito da cidade, foi condenado a 18 anos e nove meses de reclusão. Adelino continua sendo padre, apenas está licenciado para tratamento de saúde.


A Diocese de Campo Mourão, à qual o padre responde, não quer se pronunciar no momento. O bispo dom Francisco Javier deve analisar a situação depois da reunião da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que começa quarta-feira.


Na época do assassinato, o atual presidente do PPS do Paraná, Rubens Bueno, então deputado federal, se pronunciou no Congresso pedindo a apuração rápida dos crimes e a punição dos culpados. Mas oito anos se passaram até o julgamento ser realizado ainda em primeira instância. O advogado do padre afirmou que vai recorrer.


Ontem mesmo, Rubens visitou a viúva do companheiro do PPS em Mariluz e reforçou a crença que um dia a justiça se fará, embora lembre que todos os anos o Diretório do partido no Paraná se dirige ao Ministério Público reforçando a necessidade de esclarecimento deste e de tantos outros crimes políticos cometidos no Estado, a exemplo de Miguel Donha, brutalmente assassinado há nove anos, em Almirante Tamandaré.


"Esse foi um dos crimes mais cruéis que já vi, embora eu venha de um partido no qual muitos foram perseguidos, torturados e mortos pela ditadura. O que não se espera é que um padre, que se propõe a conduzir um rebanho no caminho do bem e da paz, seja o mandante de dois assassinatos bárbaros", disse Freire.


A condenação, continua o presidente do PPS, nos dá o alento, embora não repare a tragédia de interromper a vida de dois homens que enxergavam na política um meio para melhorar a vida das pessoas, principalmente as mais pobres e necessitadas, com as quais um padre também deveria se preocupar.


"A política se faz com palavras, idéias e atitudes. Não é possível admitir que, num regime democrático, continue se tentando valer a lei do mais forte, a lei da bala e do fuzil", finaliza.

terça-feira, 21 de abril de 2009

ADELINO É CONDENADO E ACABA PRESO APÓS JURI POPULAR

Ele foi considerado culpado como mandante de um duplo homicídio ocorrido em 2001 na cidade de Mariluz

Cruzeiro do Oeste/Osmar Nunes

Acusado de ser o mandante de um duplo homicídio ocorrido em 2001 na cidade de Mariluz, o padre Adelino Gonçalves foi condenado a 18 anos e nove meses de reclusão e ainda teve a prisão preventiva decretada pela juíza de Direito, Josiane Pavelski Borges Fonseca durante a leitura da sentença às 22h30 desta quinta-feira no fórum da comarca de Cruzeiro do Oeste. O padre foi algemado pela Polícia Militar e saiu do tribunal do júri direto para a prisão.
O advogado Miguel Nicolau Junior, que fez a defesa do réu, disse que ainda nesta sexta-feira pretende entrar com pedido de hábeas corpus no Tribunal de Justiça do Paraná para que o padre responda ao processo em liberdade, já que a defesa vai recorrer da condenação. Adelino continua padre na região de Guarapuava, mas está em licença para tratamento médico (depressão).
Pe Adelino foi considerado pelos jurados mandante no duplo homicídio que vitimou o vice-prefeito de Mariluz, Aires Domingues e o presidente do PPS local, na época, Carlos Alberto de Carvalho, o Carlinhos. O crime aconteceu na noite do dia 28 de fevereiro de 2001. Na época o padre também era prefeito da cidade. As vítimas participavam de uma reunião política naquela Quarta-Feira de Cinzas quando foram surpreendidas por volta das 20h30 por um pistoleiro que chegou atirando.
Domingues foi quem teria aberto a porta e acabou sendo atingido primeiro. Ele morreu no local. Carlinhos, levou vários tiros tentando fechar a porta e ainda ficou alguns dias internado, mas não resistiu. Porém, antes de morrer ainda prestou depoimento à polícia. O teor da conversa com a polícia foi gravado e o texto lido ontem durante o julgamento. Quando foi indagado pelo policial sobre a autoria do atentado disse e repetiu: ?foi o padre sem dúvida?. Na noite dos crimes, Adelino estava em viagem para Santa Catarina e quando voltou a Mariluz, alguns dias depois, enfrentou protesto violento. Depois acabou preso e ficou quase seis meses atrás das grades em Curitiba. Neste período, o mandato de prefeito foi cassado pela Câmara de Vereadores e assumiu o cargo o cargo de prefeito, o presidente da Câmara na época, Benedito Oscar dos Santos, que era adversário do padre. Em nova eleição, a comunidade elegeu Cido Pinheiro que ficou no cargo até o ano passado.
A esposa de Domingues, dona Geni, e outros familiares das duas vítimas exibiram as fotos deles durante o júri. Dona Geni não depôs, mas disse que queria falar. Ela assegura que antes de morrer, o marido disse repetidas vezes que sofria ameaças de morte feitas pelo padre. Apenas o motivo para os crimes é que ainda deixam dúvidas. O advogado da família de Aires, Juarez dos Santos Junior, afirmou não ter dúvida de que o padre era o principal interessado nos crimes. Ele, assim com a família, entendeu que a pena ficou de bom tamanho.
A suspeita
No processo consta que Carlinhos fez gravações de conversas e reunira material acusando o padre de abuso sexual contra menores em Mariluz. Ele e Aires também estariam rompendo a aliança feita com o padre para a eleição de 2000 porque, ao ser eleito, o prefeito preferiu montar uma equipe com pessoas de outras cidades. Temendo ser denunciado, o padre teria articulado o atentado.
No depoimento de ontem à justiça, o padre negou com veemência as acusações e disse que foi vítima de uma ?tramóia política?. Ele afirma que não sabe quem mandou matar a dupla e reafirma sua inocência.
Outros acusados
Conforme a investigação apurou, quem atirou nas vítimas foi o ex-policial militar José Lucas Mendes. Ele chegou a confessar os crimes e atribuiu o mando ao padre quando falou com a polícia. Mas em juízo mudou o depoimento e inocentou o padre. Mendes morreu na cadeia em Campo Mourão antes de ser julgado.
Os dois funcionários de confiança da Prefeitura de Mariluz na época, Élcio Farias e Alexandro Nascimento, teriam pegado dinheiro do padre para ir a Maringá comprar o carro usado pelo pistoleiro na noite do crime. Farias foi condenado a 10 anos de prisão, cumpriu dois e meio em regime fechado e outros dois e meios em regime semi-aberto. Nascimento foi o único absolvido no processo, mas acabou morto no carro em Campo Mourão.

O JULGAMENTO
O júri popular de ontem começou por volta das 8h30 e só terminou às 22h30. Apesar da repercussão até internacional que o fato ganhou em 2001 nos dias próximos ao fato, inclusive com protesto da população pelas ruas, o clima era de um julgamento comum ontem no fórum da sede da comarca em Cruzeiro do Oeste. Uma média de 30 pessoas permaneceu o tempo todo no plenário, entre elas, vários familiares e amigos próximos das vítimas. Na acusação atuou a promotora Nadir Emília de Melo. Ela entendeu a pena aplicada ao réu ficou de bom tamanho e não pretende recorrer da decisão da juíza Josiane.
Padre Adelino permaneceu o tempo todo com o olhar fixo para a frente. Só se levantou para ir ao banheiro e nos intervalos para lanche. Somente após ouvir a sentença falou com a imprensa e disse que se sentia surpreso com a prisão preventiva. ?Vamos recorrer da decisão porque sou inocente?. Ele afirmou ainda que está sendo vítima de uma armação política criada em Mariluz. Após poucas palavras, ele foi algemado pelos policiais militares e saiu pela porta dos fundos.
O advogado dele permaneceu no plenário tentando encontrar explicação para a prisão do réu. ?Isso é contra o princípio constitucional?. Ele não concordou com a tese da juíza que decretou a prisão porque o réu mora hoje em outra comarca (Guarapuava) e poderia fugir às intimações. O outro agravante relatado pela juíza, após a condenação feita pelos jurados, é que o padre tem antecedentes criminais porque já foi condenado num processo que o acusou de corrupção de menor. Nesse fato, ele cumpriu pena alternativa.
Também pesou na ampliação da pena, o fato de o caso ter ganhado grande comoção social, segundo a juíza, com reflexos até os dias de hoje.
O processo que fez parte do julgamento de 17 de abril de 2009 tem 10 volumes e 2.695 páginas.

domingo, 19 de abril de 2009

Detalhes

Não adianta nem tentar
Me esquecer
Durante muito tempo
Em sua vida
Eu vou viver...

Detalhes tão pequenos
De nós dois
São coisas muito grandes
Prá esquecer
E a toda hora vão
Estar presentes
Você vai ver...

Se um outro cabeludo
Aparecer na sua rua
E isto lhe trouxer
Saudades minhas
A culpa é sua...

O ronco barulhento
Do seu carro
A velha calça desbotada
Ou coisa assim
Imediatamente você vai
Lembrar de mim...

Eu sei que um outro
Deve estar falando
Ao seu ouvido
Palavras de amor
Como eu falei
Mas eu duvido!
Duvido que ele tenha
Tanto amor
E até os erros
Do meu português ruim
E nessa hora você vai
Lembrar de mim...

A noite envolvida
No silêncio do seu quarto
Antes de dormir você procura
O meu retrato
Mas da moldura não sou eu
Quem lhe sorri
Mas você vê o meu sorriso
Mesmo assim
E tudo isso vai fazer você
Lembrar de mim...

Se alguém tocar
Seu corpo como eu
Não diga nada
Não vá dizer
Meu nome sem querer
À pessoa errada...

Pensando ter amor
Nesse momento
Desesperada você
Tenta até o fim
E até nesse momento você vai
Lembrar de mim...

Eu sei que esses detalhes
Vão sumir na longa estrada
Do tempo que transforma
Todo amor em quase nada
Mas "quase"
Também é mais um detalhe
Um grande amor
Não vai morrer assim
Por isso
De vez em quando você vai
Vai lembrar de mim...

Não adianta nem tentar
Me esquecer
Durante muito
Muito tempo em sua vida
Eu vou viver
Não, não adianta nem tentar
Me esquecer...

sábado, 18 de abril de 2009

Ele foi considerado culpado como mandante de um duplo homicídio ocorrido em 2001 na cidade de Mariluz; júri foi ontem e durou 14 horas em Cruzeiro do Oeste

Cruzeiro do Oeste/Osmar Nunes
editoria@ilustrado.com.br


Acusado de ser o mandante de um duplo homicídio ocorrido em 2001 na cidade de Mariluz, o padre Adelino Gonçalves foi condenado a 18 anos e nove meses de reclusão e ainda teve a prisão preventiva decretada pela juíza de Direito, Josiane Pavelski Borges Fonseca durante a leitura da sentença às 22h30 desta quinta-feira no fórum da comarca de Cruzeiro do Oeste. O padre foi algemado pela Polícia Militar e saiu do tribunal do júri direto para a prisão.


O advogado Miguel Nicolau Junior, que fez a defesa do réu, disse que ainda nesta sexta-feira pretende entrar com pedido de hábeas corpus no Tribunal de Justiça do Paraná para que o padre responda ao processo em liberdade, já que a defesa vai recorrer da condenação. Adelino continua padre na região de Guarapuava, mas está em licença para tratamento médico (depressão).

Pe Adelino foi considerado pelos jurados mandante no duplo homicídio que vitimou o vice-prefeito de Mariluz, Aires Domingues e o presidente do PPS local, na época, Carlos Alberto de Carvalho, o Carlinhos. O crime aconteceu na noite do dia 28 de fevereiro de 2001. Na época o padre também era prefeito da cidade. As vítimas participavam de uma reunião política naquela Quarta-Feira de Cinzas quando foram surpreendidas por volta das 20h30 por um pistoleiro que chegou atirando.

Domingues foi quem teria aberto a porta e acabou sendo atingido primeiro. Ele morreu no local. Carlinhos, levou vários tiros tentando fechar a porta e ainda ficou alguns dias internado, mas não resistiu. Porém, antes de morrer ainda prestou depoimento à polícia. O teor da conversa com a polícia foi gravado e o texto lido ontem durante o julgamento. Quando foi indagado pelo policial sobre a autoria do atentado disse e repetiu: ?foi o padre sem dúvida?. Na noite dos crimes, Adelino estava em viagem para Santa Catarina e quando voltou a Mariluz, alguns dias depois, enfrentou protesto violento. Depois acabou preso e ficou quase seis meses atrás das grades em Curitiba. Neste período, o mandato de prefeito foi cassado pela Câmara de Vereadores e assumiu o cargo o cargo de prefeito, o presidente da Câmara na época, Benedito Oscar dos Santos, que era adversário do padre. Em nova eleição, a comunidade elegeu Cido Pinheiro que ficou no cargo até o ano passado.

A esposa de Domingues, dona Geni, e outros familiares das duas vítimas exibiram as fotos deles durante o júri. Dona Geni não depôs, mas disse que queria falar. Ela assegura que antes de morrer, o marido disse repetidas vezes que sofria ameaças de morte feitas pelo padre. Apenas o motivo para os crimes é que ainda deixam dúvidas. O advogado da família de Aires, Juarez dos Santos Junior, afirmou não ter dúvida de que o padre era o principal interessado nos crimes. Ele, assim com a família, entendeu que a pena ficou de bom tamanho.
A suspeita

No processo consta que Carlinhos fez gravações de conversas e reunira material acusando o padre de abuso sexual contra menores em Mariluz. Ele e Aires também estariam rompendo a aliança feita com o padre para a eleição de 2000 porque, ao ser eleito, o prefeito preferiu montar uma equipe com pessoas de outras cidades. Temendo ser denunciado, o padre teria articulado o atentado.
No depoimento de ontem à justiça, o padre negou com veemência as acusações e disse que foi vítima de uma ?tramóia política?. Ele afirma que não sabe quem mandou matar a dupla e reafirma sua inocência.

Outros acusados

Conforme a investigação apurou, quem atirou nas vítimas foi o ex-policial militar José Lucas Mendes. Ele chegou a confessar os crimes e atribuiu o mando ao padre quando falou com a polícia. Mas em juízo mudou o depoimento e inocentou o padre. Mendes morreu na cadeia em Campo Mourão antes de ser julgado.
Os dois funcionários de confiança da Prefeitura de Mariluz na época, Élcio Farias e Alexandro Nascimento, teriam pegado dinheiro do padre para ir a Maringá comprar o carro usado pelo pistoleiro na noite do crime. Farias foi condenado a 10 anos de prisão, cumpriu dois e meio em regime fechado e outros dois e meios em regime semi-aberto. Nascimento foi o único absolvido no processo, mas acabou morto no carro em Campo Mourão.


O JULGAMENTO
O júri popular de ontem começou por volta das 8h30 e só terminou às 22h30. Apesar da repercussão até internacional que o fato ganhou em 2001 nos dias próximos ao fato, inclusive com protesto da população pelas ruas, o clima era de um julgamento comum ontem no fórum da sede da comarca em Cruzeiro do Oeste. Uma média de 30 pessoas permaneceu o tempo todo no plenário, entre elas, vários familiares e amigos próximos das vítimas. Na acusação atuou a promotora Nadir Emília de Melo. Ela entendeu a pena aplicada ao réu ficou de bom tamanho e não pretende recorrer da decisão da juíza Josiane.

Padre Adelino permaneceu o tempo todo com o olhar fixo para a frente. Só se levantou para ir ao banheiro e nos intervalos para lanche. Somente após ouvir a sentença falou com a imprensa e disse que se sentia surpreso com a prisão preventiva. ?Vamos recorrer da decisão porque sou inocente?. Ele afirmou ainda que está sendo vítima de uma armação política criada em Mariluz. Após poucas palavras, ele foi algemado pelos policiais militares e saiu pela porta dos fundos.
O advogado dele permaneceu no plenário tentando encontrar explicação para a prisão do réu. ?Isso é contra o princípio constitucional?. Ele não concordou com a tese da juíza que decretou a prisão porque o réu mora hoje em outra comarca (Guarapuava) e poderia fugir às intimações. O outro agravante relatado pela juíza, após a condenação feita pelos jurados, é que o padre tem antecedentes criminais porque já foi condenado num processo que o acusou de corrupção de menor. Nesse fato, ele cumpriu pena alternativa.
Também pesou na ampliação da pena, o fato de o caso ter ganhado grande comoção social, segundo a juíza, com reflexos até os dias de hoje.
O processo que fez parte do julgamento de ontem tem 10 volumes e 2.695 páginas.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

...e o Tempo...


'A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.Quando se vê, já são seis horas!Quando se vê, já é sexta-feira...Quando se vê, já terminou o ano...Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.Quando se vê, já passaram-se 50 anos!Agora é tarde demais para ser reprovado.
Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas.Desta forma, eu digo:
Não deixe de fazer algo que gosta devido à falta de tempo,
a única falta que terá, será desse tempo que infelizmente não voltará mais.'

Mário Quintana