terça-feira, 27 de outubro de 2009

Declaração Política de Fortaleza

O Diretório Nacional do Partido Popular Socialista (PPS), em sua reunião, nos dias 23 e 24 de outubro de 2009, na cidade de Fortaleza - CE, considera grave a situação do país, ao contrário do que propaga o governo, com seu estilo pirotécnico e marqueteiro.

Para resumir o quadro nacional, destaque-se que é motivo de preocupação dos brasileiros a continuidade dos baixíssimos investimentos governamentais na economia e na infraestrutura; o déficit fiscal que se acumula há quase um ano e a queda no desempenho do comércio exterior. Isso atinge diretamente a questão do desemprego, cujos índices continuam altos, mesmo sem considerarmos que dois milhões e meio de jovens, que a cada ano, ficam à margem do mercado de trabalho e não entram nas estatísticas. Também são preocupantes as sucessivas manobras que buscam obter recursos financeiros para cobrir os gastos públicos, nunca antes tão elevados e sem controle; a angustiante realidade das capitais e regiões metropolitanas no que diz respeito à segurança pública, de que é exemplo maior o Rio de Janeiro; os altos e baixos na política educacional, agravados recentemente pelos lamentáveis episódios das fraudes em concurso e a crise na saúde pública.

Ao invés de enfrentar estas questões e agir com austeridade para realizar reformas estruturantes capazes de dar rumo ao país, o governo federal vem agindo única e exclusivamente para impor sua candidata à Presidência da República, ao arrepio da legislação eleitoral e em acintoso desafio às instituições nacionais.

Competente apenas na promoção de festas e palanques, o governo tripudia sobre o sacrifício desmedido de todo um povo, cujo cotidiano de sofrimento e frustração alimenta um mero projeto de poder, exponenciado por uma fantástica máquina, na qual a propaganda busca disfarçar a realidade de uma administração inepta e irresponsável na gestão da coisa pública.

Nesse sentido, o Partido Popular Socialista conclama a consciência democrática de nossa cidadania e as forças políticas e sociais que são contrárias à manutenção desse estado de coisas, para nos unirmos em um amplo movimento político, capaz de superar, com propostas e unidade, o engodo de que o Brasil é vítima, hoje.

Temos absoluta clareza de que é necessário reforçar o Bloco Democrático e Reformista (BDR), com o objetivo estratégico central de vencer as eleições de 2010, com base em um programa de governo capaz de mudar a agenda nacional, sintetizado em três pontos essenciais: reforma democrática do Estado, construção de uma nova economia e combate efetivo às desigualdades.

No plano específico do PPS, o Diretório Nacional conclama nossas organizações e militância ao máximo esforço para eleger representantes no executivo e no legislativo capazes de enfrentar o desafio de ajudar o novo governo a colocar o país no rumo do desenvolvimento sustentável e socialmente justo.



Fortaleza, 25 de outubro de 2009.



Roberto Freire
Presidente PPS

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Coordenação das Mulheres do Paraná Trabalha por Candidaturas

O PPS Paraná esteve presente mais uma vez no interior do estado. Na sexta feira dia (16), foram realizadas diversas reuniões com lideranças nas cidades de Palmeira, Fernandes Pinheiro, Guarapuava e concluída a caminhada em Laranjeiras do Sul onde o Presidente Estadual Rubens Bueno juntamente com deputados, representantes e a Coordenadora Estadual das Mulheres, Ângela Donha, participaram de importante encontro na cidade.

O PPS de Laranjeiras do Sul, juntamente com os municípios vizinhos, mostrou que além de bem estruturado, conta com possíveis nomes para a disputa de 2010. Entre eles podemos destacar o importante trabalho da companheira de partido Sirlene Schwartz. Além de um forte nome na região para pleitear uma vaga na câmara em 2010, o do deputado federal Cezar Silvestri, Sirlene demonstrou que está empolgada para auxiliar o partido a aumentar o número de candidatas mulheres na chapa de deputadas estaduais para a próxima eleição. "É o que o PPS busca neste momento: mulheres dispostas a lutar pelas causas de inclusão na política, com respeito ao gênero, e às grandes causas que nos movem a conjuntura atual no Brasil e no mundo", afirmou Ângela Donha.

Nesta reunião, presidida por Gilmar Ruths, compareceram o deputado federal Cezar Silvestri, deputado estadual Marcelo Rangel, Cezar Silvestri Fº, coordenador regional do PPS, Sandro Alex, pré-candidato a deputado federal, os nossos vereadores locais Elton Ruths e Moacir Frizzo e representando os vereadores da região Mario Weber, de Campo Bonito.
Filiaram-se ao PPS de Laranjeiras do Sul os professores Kenio Wesller, Antonio Celso, Marilza Lunelli e Sebastião Pinto.
O Projeto Pé na estrada teve continuidade no sábado, com a realização uma reunião em Francisco Beltrão, no café da manhã, com a presença Irineu Wesller, Gervásio Kramer e de importantes lideranças de Manfrinópolis e da região de Pato Branco.

A caminhada terminou com um evento na cidade de São Jorge do Oeste com a participação do deputado Marcelo Rangel e do seu irmão Sandro Alex, que por diferença de apenas 1% dos votos não se elegeu prefeito da cidade de Ponta Grossa ano passado, mas que transformou o resultado das urnas em uma importante vitoria política.

Neste encontro regional foi reafirmado o nome de Márcia Koselinski a deputada estadual, ex-vereadora e presidente ca Câmara Municipal de Pato Branco. "Se os rumos do sudoeste passar pela decisão de minha cnadidatura, afirmo que estarei presente", enfatizou Márcia.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

UM DEFEITO NA MULHER

Quando Deus fez a mulher já estava em seu sexto dia de trabalho fazendo horas extras.
Um anjo apareceu e Lhe disse: "Por quê leva tanto tempo nisto?"
E o Senhor respondeu: "Já viu a minha ficha de especificações para ela?"
Deve ser completamente lavável, mas sem ser de plástico, ter mais de 200 peças móveis e ser capaz de funcionar com uma dieta de qualquer coisa, até sobras, ter um colo que possa acomodar quatro crianças ao mesmo tempo, ter um beijo que possa curar desde um joelho arranhado até um coração partido e fará tudo isto somente com duas mãos."
O anjo se maravilhou com as especificações.
"somente duas mãos....Impossível!"
e este é somente o modelo básico?
É muito trabalho para um dia...Espere até amanhã para terminá-la."
Isso não, protestou o Senhor. Estou tão perto de terminar esta criação que é favorita de Meu próprio coração.
Ela se cura sozinha quando está doente e
pode trabalhar jornadas de 18 horas." O anjo se aproximou mais e tocou a mulher.
"mas o Senhor a fez tão suave..."
"É suave", disse Deus, mas a fiz também forte. Você não tem idéia do que pode agüentar ou conseguir.
"Será capaz de pensar?" perguntou o anjo.
Deus respondeu:
"Não somente será capaz de pensar mas também que raciocinar e de negociar"
O anjo então notou algo e estendendo a mão tocou a bochecha da mulher.....
"Senhor, parece que este modelo tem um vazamento....
Eu Lhe disse que estava colocando muita coisa nela..."
"Isso não é nenhum vazamento... é uma lágrima" corrigindo-o o Senhor.
" Para que serve a lágrima," perguntou o anjo.
e Deus disse:
"As lágrimas são sua maneira de
expressar seu destino, sua pena, seu desengano, seu
amor, sua solidão, seu sofrimento, e seu orgulho."
Isto impressionou muito ao anjo "O Senhor é um gênio, pensou em tudo. A mulher é
verdadeiramente maravilhosa"
Sim é!
A mulher tem forças que maravilham aos homens.
Agüentam dificuldades, levam grandes cargas,
mas têm felicidade, amor e alegria.
Sorriem quando querem gritar.
Cantam quando querem chorar, choram quando
estão felizes e riem quando estão nervosas.
Lutam pelo que crêem.
Enfrentam a injustiça.
Não aceitam "não" como resposta quando
elas crêem que há uma solução melhor.
Privam-se para que a sua família possa ter.
Vão ao médico com uma amiga que tem medo de ir.
Amam incondicionalmente.
Choram quando seus filhos triunfam e se alegram
quando seus amigos ganham prêmios.
Ficam felizes quando ouvem sobre um
nascimento ou um casamento.
Seu coração se parte quando morre uma amiga.
Sofrem com a perda de um ente querido, entretanto são fortes quando pensam que já não
há mais forças.
Sabem que um beijo e um abraço
podem ajudar a curar um coração partido.

Entretanto, há um defeito na mulher:
É que ela se esquece o quanto vale.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Pode ser que daqui a algum tempo
Haja tempo prá gente ser mais
Muito mais que dois grandes amigos
Pai e filho talvez...

Pode ser que daí você sinta
Qualquer coisa entre
Esses vinte ou trinta
Longos anos em busca de paz...

Pode crer, eu tô bem
Eu vou indo
Tô tentando, vivendo e pedindo
Com loucura prá você renascer...

Eu não faço questão de ser tudo
Só não quero e não vou ficar mudo
Prá falar de amor
Prá você...

Senta aqui que o jantar tá na mesa
Fala um pouco tua voz tá tão presa
Nos ensine esse jogo da vida
Onde a vida só paga prá ver...

Me perdoa essa insegurança
Que eu não sou mais
Aquela criança
Que um dia morrendo de medo
Nos teus braços você fez segredo
Nos teus passos você foi mais eu...

Eu cresci e não houve outro jeito
Quero só recostar no teu peito
Prá pedir prá você ir lá em casa
E brincar de vovô com meu filho
No tapete da sala de estar

Você foi meu herói meu bandido
Hoje é mais
Muito mais que um amigo
Nem você nem ninguém tá sozinho
Você faz parte desse caminho
Que hoje eu sigo em paz
Paz!...

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

beautiful in my eyes

You're my peace of mind
In this crazy world
You're everything I tried to find
Your love is a pearl
You're my Mona Lisa
You're my rainbow skies
And my only prayer is that you realize
You'll always be beautiful in my eyes

The world will turn
And the seasons will change
And all the lessons we will learn
Will be beautiful and strange
We'll have our fill of tears
Our share of sighs
My only prayer is that you realize
You'll always be beautiful in my eyes

You will always be beautiful in my eyes
And the passing years will show
That you will always grow
Ever more beautiful in my eyes

When there are lines upon my face
From a lifetime of smiles
When the time comes to embrace
For one long last while
We can laugh about
How time really flies
We won't say goodbye
'Cause true love never dies
You'll always be beautiful in my eyes

You will always be beautiful in my eyes
And the passing years will show
That you will always grow
Ever more beautiful in my eyes
The passing years will show
That you will always grow
Ever more beautiful in my eyes

terça-feira, 25 de agosto de 2009

O Que Vem A Ser Felicidade

O que vem a ser felicidade
Toda explicação perde o valor...
É tão claro e simples que é verdade
Quando alguém diz que invade
A fronteira do amor.

E, sem perceber leva consigo
Uma cauda aberta de pavão
Que é como um baralho sobre a mesa,
Feito um leque azul turquesa
Ventilando o coração.

Como tudo é tão diferente!
O ciúme, a dor,
O amor, a paixão...
Mas a felicidade é tudo junto,
Todo o tempo num segundo
Não explicaria nem se a flor
Viesse antes do botão.

Esse sentimento poderoso
É estado. é capital, é um país
E o que há de mais maravilhoso
É descobrir que, o tempo inteiro
Estava a um palmo do nariz

E, todo o percurso transcorrido,
Leva-nos a ser contidos
Quando tudo é explosão
Porque a felicidade é um rio denso
E precisa de silêncio
Pra falar ao coração.
Orlando Morais

domingo, 23 de agosto de 2009

Cowboy Fora Da Lei

Mamãe, não quero ser prefeito
Pode ser que eu seja eleito
E alguém pode querer me assassinar
Eu não preciso ler jornais
Mentir sozinho eu sou capaz
Não quero ir de encontro ao azar
Papai não quero provar nada
Eu já servi à Pátria amada
E todo mundo cobra minha luz
Oh, coitado, foi tão cedo
Deus me livre, eu tenho medo
Morrer dependurado numa cruz
Eu não sou besta pra tirar onda de herói

Sou vacinado, eu sou cowboy
Cowboy fora da lei Durango Kid só existe no gibi
E quem quiser que fique aqui
Entrar pra historia é com vocês!

Composição: Cláudio Roberto / Raul Seixas

Sutilmente

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
Quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
Quando eu estiver fogo
Suavemente se encaixe
E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce
Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti, dentro de ti
Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti
E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce
Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti, dentro de ti
Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti
Composição: Samuel Rosa / Nando Reis

sábado, 15 de agosto de 2009

Fotografia

Hoje o mar faz onda feito criança
No balanço calmo a gente descansa
Nessas horas dorme longe a lembrança
De ser feliz

Quando a tarde toma a gente nos braços
Sopra um vento que dissolve o cansaço
É o avesso do esforço que eu faço
Pra ser feliz

O que vai ficar na fotografia
São os laços invisíveis que havia

As cores, figuras, motivos
O sol passando sobre os amigos
Histórias, bebidas, sorrisos
E afeto em frente ao mar.

Quando as sombras vão fi
cando compridas
Enchendo a casa de silêncio e preguiça
Nessas horas é que
Deus deixa pistas
Pra eu ser feliz

E quando o dia não passar de um retrato
Colorindo de saudade o meu quarto
Só aí vou ter certeza de fato
Que eu fui feliz

O que vai ficar na fotografia
São os laços invisíveis que havia
As cores, figuras, motivos
O sol passando sobre os amigos
Histórias, bebidas, sorrisos
E afeto em frente ao mar.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Folhetim


Se acaso me quiseres
Sou dessas mulheres
Que só dizem sim
Por uma coisa à toa
Uma noitada boa
Um cinema, um botequim

E, se tiveres renda
Aceito uma prenda
Qualquer coisa assim
Como uma pedra falsa
Um sonho de valsa
Ou um corte de cetim

E eu te farei as vontades
Direi meias verdades
Sempre à meia luz
E te farei, vaidoso, supor
Que és o maior e que me possuis

Mas na manhã seguinte
Não conta até vinte
Te afasta de mim
Pois já não vales nada
És página virada
Descartada do meu folhetim

Chico Buarque


domingo, 19 de julho de 2009

Teletema

Rumo
Estrada turva
Sou despedida
Por entre
Lenços brancos
De partida
Em cada curva
Sem ter você
Vou mais só
Corro
Rompendo laços
Abraços, beijos
Em cada passo
É você quem vejo
No tele-espaço
Pousado
Em cores no além
Brando
Corpo celeste
Meta-metade
Meu santuário
Minha eternidade
Iluminando
O meu caminho
E findando a incerteza
Tão passageira
Nós viveremos
Uma vida inteira
Eternamente
Somente os dois
Mais ninguém
Eu vou de sol a sol
Desfeito em cor
Refeito em som
Perfeito em tanto amor

terça-feira, 14 de julho de 2009

" Qualquer tipo de comportamento entre seres humanos que não seja honesto, aberto e atencioso tem suas raízes no medo."

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Veja bem, meu bem

Veja bem, meu bem
Sinto te informar que arranjei
alguém pra me confortar.
Este alguém está quando você sai
E eu só posso crer, pois sem ter você
nestes braços tais.

Veja bem, amor.
Onde está você?
Somos no papel, mas não no viver.
Viajar sem mim, me deixar assim.
Tive que arranjar alguém pra passar os dias ruins.

Enquanto isso, navegando vou sem paz.
Sem ter um porto, quase morto, sem um cais.

E eu nunca vou te esquecer amor,
Mas a solidão deixa o coração neste leva e traz.

Veja bem além destes fatos vis.
Saiba, traições são bem mais sutis.
Se eu te troquei não foi por maldade.
Amor, veja bem, arranjei alguémchamado "Saudade'.

Composição: Marcelo Camelo

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Congresso Estadual do PPS PR
Teresa Vitale, Yara e Angela Donha, Iaara Siqueira e Renata Bueno

Angela Donha, Renata Bueno, Leonel Siqueira e Yara Donha

Selma Cogo e Angela Donha

terça-feira, 23 de junho de 2009

Artigo - Participação do PPS PR no Comitê Multipartidário Feminino

Foi realizada neste dia 22 de junho de 2009, reunião do comitê multipartidário feminino do Paraná. A então coordenadora estadual do PPS – PR, Angela Donha, participou juntamente com mulheres representantes do PSDB/ PMDB/ DEM/ PDT/ PSB/ PT/ PP. A reunião contou com a importante participação de Muna Zeyn, assessora da Deputada Federal Luiza Erundina, que dentre outros assuntos, falou sobre a sub-representação feminina na política.
Ela falou principalmente sobre as condições desiguais às quais as mulheres hoje passam ao tentarem participar da política. Citou ainda que as cotas foram um avanço para o país e que estas levaram a discussão sobre a participação desigual das mulheres, porem ainda não há um mecanismo de punição para os partidos políticos que não atendem as cotas.
Desde 1996 a representação feminina é muito ruim, a relação das mulheres é uma relação singular, que ocorre acima dos partidos políticos, pois estes ainda possuem uma cultura extremamente machista. Hoje, dentro dos partidos políticos, as mulheres são informadas e não consultadas. Quando temos um candidato homem, a sua esposa sai pedir voto, fazer campanha, já quando isto acontece ao contrario, nem sempre a recíproca é verdadeira, o homem nem sempre sai fazer campanha para sua esposa quando esta se propõe a sair como candidata.
Outro grande problema enfrentado pelas mulheres é que elas têm que “colocar a mão no bolso” na hora da campanha e na maioria das vezes quando não eleitas desistem e se desiludem.
O comitê Multipartidário foi unificado em 2000, de lá para cá vem tentando aglutinas mulheres do país inteiro e incentiva-las a levantar esta bandeira, defendendo melhores condições para a participação feminina na vida publica. Uma das perguntas feitas desde então é: Que política nos queremos para as mulheres?
Outro ponto importante que será discutido este ano é a formalização do comitê junto aos órgãos competentes, para isso precisamos rearticular a discussão institucional, fortalecer os comitês não só em nosso estado, mas no país inteiro.
Precisamos criar um modo diferente de apresentar as candidaturas femininas. A democracia nacional é fortemente ameaçada quando não há igualdade entre homens e mulheres.
Um ponto muito importante e muito pouco lembrado e reparado pelas pessoas é o fato de que o discurso feminino é muito mais ouvido hoje do que o dos homens, pois o discurso masculino já esta saturado. O discurso feminino representa o novo, o que ainda não foi corrompido na sua grande maioria.
Muna Zeyn ainda lembrou nesta reunião, que há um vácuo que as mulheres, não só podem como devem ocupar, que as mulheres têm que se qualificar, fazer cursos de oratória, entender o que faz uma vereadora, uma deputada, uma senadora...
As mulheres precisam mudar esta situação no país, pois hoje apesar de sermos mais de 50% de eleitoras, a nossa participação feminina só ganha do Haiti. Precisamos cobrar 30% também dos fundos partidários e do espaço na mídia institucional.
É necessário elaborar uma Lei onde as cotas de 30% sejam de ocupação e não somente nas candidaturas, e em todas as instancias das candidaturas proporcionais.
Em resumo, é preciso união, mulheres defendendo candidaturas femininas, trabalhando juntas pelas candidaturas e comprometidas com esta missão. Precisamos trabalhar para que essa discussão seja ampliada e possamos ter melhores quadros dentro da política nacional, estadual e municipal, com governos menos corruptos, com câmaras e assembléias mais justas e com menos de tudo que vemos hoje e que envergonham a todos os brasileiros.


domingo, 14 de junho de 2009

V Congresso Estadual das Mulheres do PPS PR


A Coordenação Estadual das Mulheres do PPS PR convida seus filiados e convidados para o V Congresso Estadual das Mulheres do PPS PR no DIA 19 DE JUNHO de 2009 ás 19 horas no Hotel Caravelle - Rua Cruz Machado, 282 – Centro – Curitiba - PR

terça-feira, 2 de junho de 2009

"A ingratidão consiste em esquecer, desconhecer ou reconhecer mal os benefícios, e se origina da insensibilidade, do orgulho ou do interesse."
(Charles Pinot Duclos)

domingo, 31 de maio de 2009

Reflexões sobre a Reforma Política

cientista político David Fleischer, da Universidade de Brasília , nessa entrevista, nos traz várias reflexões sobre a Reforma Política de verdade. Lista fechada, financiamento público, voto distrital, "lista suja", cota para mulheres.

UOL Notícias - A lista fechada seria benéfica para o Brasil?
David Fleischer - A lista fechada seria uma grande revolução na maneira de eleger deputados e reduziria muito os custos da campanha. Atualmente, 90% dos eleitores votam em nomes e não nos partidos - embora essas duas opções sejam viáveis. O candidato faz a campanha individual durante todo o tempo e nem dá bola para o partido. Ele só faz propaganda do seu número, nunca do número da legenda. Com a propaganda feita somente pelas legendas, diminuiriam os custos.

UOL Notícias - Com a lista fechada, mudaria o perfil dos deputados eleitos?
Fleischer - Se fechar a lista, você tiraria do processo todos os grupos que elegem seus candidatos. Igrejas evangélicas concentram seus votos em um único candidato e o elegem. Sindicatos e grupos étnicos também - como os japoneses em São Paulo e no Paraná. Policias militares são outro exemplo disso. No Estado de São Paulo você tem quatro ou cinco policiais militares deputados, porque se juntam todos os votos dos policiais em poucas pessoas. Com a lista fechada, essas votações por grupo acabariam e você fortaleceria o partido, que teria mais controle e disciplina.

UOL Notícias - Há países que podem servir de modelo ao Brasil?
Fleischer - A lista fechada é usada em 90% dos países com voto proporcional. Só tem uns dois ou três países que usam a aberta além do Brasil, como a Finlândia. A lista aberta é uma aberração. Usamos esse sistema desde 1950 e agora é muito complicado você mudar isso. O problema da mudança é que os deputados são muito ansiosos, eles têm medo de não se reeleger. Atualmente a renovação é de 50%. Com a lista fechada, a renovação pode ser menor, de 20 ou 30%. Ela seria uma grande revolução e reduziria muito os custos.

UOL Notícias - Uma crítica comum à lista fechada é a de ela concentrar o poder na mão de "caciques" partidários e tirar a decisão dos nomes da mão do povo. O senhor concorda com a crítica?
Fleischer - Eu acho que falar que o povo escolhe é balela, é um mito. Muitas vezes você vota no fulano que vai trabalhar para eleger beltrano, por causa das coligações na lista aberta. E a lista fechada não deveria impor exclusivamente ao partido a escolha dos candidatos. Essa nova versão do projeto não estabelece as regras de como devem ser escolhidos os candidatos que farão parte da lista. Os líderes não deveriam impor a decisão, pois os partidos que usarem prévias vão ganhar muito apoio. Isso seria como um estímulo à participação das pessoas na política. O partido mais inteligente vai organizar uma prévia para aumentar muito as filiações. Os partidos que usarem a escolha dos caciques, que devem ser uns quatro ou cinco partidos, estão fadados a perder a eleição.

UOL Notícias - Que outras mudanças poderiam aparecer com a lista fechada?
Fleischer - Fechando a lista, poderia se embutir uma cota para mulheres nela. É como ocorre na Argentina, em que uma mulher tem que constar na lista no terceiro, quinto e sétimo lugar. E é possível a aprovação de uma proposta assim no Brasil, pois as mulheres estão pressionando cada vez mais. Essa proposta ajudaria na inserção da mulher. A Argentina, em 2002, tinha mais ou menos 6% ou 7% de mulheres na política. Agora está em quase 30%.

UOL Notícias - O financiamento público será viável no Brasil?
Fleischer - O que está na proposta dá menos de R$ 1 bilhão para todas as eleições. E nós sabemos que em 2006 elas custaram entre R$ 10 e 15 bilhões. Então é claro que esse valor é insuficiente. Acho o financiamento público uma ideia boa, mas não vejo como vigorar com esses valores.

UOL Notícias - O financiamento público é capaz de inibir o "caixa dois" e deixar a eleição mais equilibrada?
Fleischer - Não, infelizmente. O problema do caixa dois é que 90% das empresas fazem caixa dois interno para fugir do fisco. Enquanto ele não for eliminado de dentro das empresas, vai ser muito difícil eliminar a prática na campanha. Perguntaram-me por que há pouco caixa dois em campanhas nos Estados Unidos ou no Canadá. É porque poucas empresas fazem isso internamente, pois lá isso dá multa e prisão. Então, não tem caixa dois eleitoral nesses países.

UOL Notícias - É possível aprovar essa reforma para que ela tenha efeito nas eleições presidenciais de 2010?
Fleischer - Eu acredito que algumas partes possam ser aprovadas para 2010. A proposta de lista fechada, sem regras de como fazer a lista, pode passar.O financiamento público de campanha também, pois essas duas propostas são casadas. E outra que eu tenho certeza que vai passar é uma proposta para permitir uma janela, em abril ou maio do ano da eleição, para os políticos pularem de partido como quiserem. Congressistas dizem que há dificuldade para aprovar a janela, pois ela necessitaria de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) - e não somente de um projeto de lei ordinária, como no caso do financiamento e da lista.

UOL Notícias - Isso não dificultaria a aprovação de uma janela ainda neste ano?
Fleischer - Mesmo precisando de uma PEC, muita gente quer mudar de partido. Então, se houver vontade, não deve haver dificuldades.

UOL Notícias - Quais outros pontos seriam primordiais para uma reforma política "de verdade"?
Fleischer - Uma reforma de extrema importância, que tem zero chance de ser aprovada, é a da lista suja. A proposta seria a de uma pessoa condenada em primeira instância não poder ser eleita. Porque você tem muita gente que se elege somente para ganhar a imunidade. Outra é a cláusula de barreira de 1%. Parece baixinha, mas em 2006 teria eliminado sete partidos. Proibir as coligações seria outro passo. Mas a federação inteira teria que estar junto para isso ser viável.

UOL Notícias - Como fica a situação dos partidos menores com essas mudanças?
Fleischer - Isso depende da ordem que os partidos colocarem os candidatos. Mas isso com certeza vai enfraquecer um pouco alguns partidos. O PC do B não tem voto suficiente para eleger ninguém em nenhum Estado, mas concentra todos seus votos em um candidato aqui, como ele sempre elege três ou quatro em coligações, como no caso do PT. Na lista fechada, vai complicar a situação.

UOL Notícias - E o voto distrital, é viável no Brasil?
Fleischer - O voto distrital é defendido pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e uma parte do PSDB. Seria uma mudança tão drástica que não emplacaria. O que poderia emplacar é o sistema misto, a semelhança do modelo alemão, onde metade deles seria eleito pelos Estados e outra metade pelos distritos. Isso foi muito discutido na constituinte, mas não emplacou.

UOL Notícias - Por que o voto distrital não emplacou?
Fleischer - Porque com o voto distrital você elimina o candidato que capta voto pelo Estado inteiro, como o Delfim Neto [economista, ministro da Fazenda na ditadura militar, Delfim não conseguiu se reeleger deputado em 2006 pelo PMDB]. Com o sistema distrital você estaria, como muita gente diz, elegendo deputados-vereadores. Mas, na prática, metade dos deputados já é eleita em redutos, de mais ou menos 20 mil ou 25 mil eleitores. Muitas vezes é um ex-prefeito, que regula a região, manda nela. E eles trabalham duramente na Câmara somente para favorecer esse reduto que o elegeu.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Everything

You're a falling star, you're the get away car
You're the line in the sand when I go too far
You're the swimming pool on an August day
And you're the perfect thing to say

And you play it coy, but it's kind cute
Ah, when you smile at me you know exactly what you do
Baby, don't pretend that you don't know it's true
Cause you can see it when I look at you

And in this crazy life, and through these crazy times
It's you, it's you, you make me sing
You're every line, you're every word, you're everything

You're a carousel, you're a wishing well
And you light me up, when you ring my bell
You're a mystery, you're from outerspace
You're every minute of my everyday

And I can't believe, uh that I'm your man
And I get to kiss you baby just because I can
Whatever comes our way, ah we'll see it through
And you know that's what our love can do

And in this crazy life, and through these crazy times
It's you, it's you, you make me sing
You're every line, you're every word, you're everything

And in this crazy life and through these crazy times
It's you, it's you, you make me sing
You're every line, you're every word, you're everything
You're every song, and I sing along
Cause you're my everything

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Mais uma vitória da Política e da Justiça

Em 17 de abril de 2009 comemorei junto com a família do senhor Aires Domingues (vice-prefeito de Mariluz em 2001) e Carlos Alberto de Carvalho, o Carlinhos (presidente do PPS de Mariluz em 2001) que foram assassinados em 28 de fevereiro de 2001 por um pistoleiro contratado por um padre que atende pelo nome de Padre Adelino que era o atual prefeito na época. Este padre foi condenado a 18 anos de prisão pela morte destes companheiros trazendo não só consolo para as famílias, mas acima de tudo esperança de que a justifica apesar de demorada um dia pode ser feita. Na época o padre foi inclusive protegido pela própria igreja católica. Após a condenação do padre, oito anos depois do crime é importante ressaltar que ainda existe justiça em nosso país, mesmo que seja numa cidade pequenina do estado do Paraná.

Sou filiada ao PPS desde 1999 quando ingressei no partido pelas mãos de meu pai Miguel Donha. Desde a adolescência já participava ativamente dos grêmios estudantis nos colégios onde estudei, mas somente em 1999 me filiei a um partido político. Nesta época meu pai, então presidente do partido em nossa cidade, Almirante Tamandaré, era pré candidato, e pretendia disputar as eleições no ano seguinte para prefeito da cidade. Aos 22 dias do mês de janeiro de 2000, meu pai e minha mãe foram seqüestrados no portão da nossa casa, horas depois os criminosos deixaram minha mãe na beira da estrada que liga nosso município ao município vizinho de Itaperuçu, seguiram mais a frente com meu pai e o largaram mais adianta num terreno abandonado, deram-lhe um tiro na perna e fugiram. O tiro que atingiu meu pai acertou a veia aorta e em menos de 10 minutos meu pai faleceu.

Após a apuração dos fatos, a prisão do rapaz que atirou e o depoimento do homem que contratou este rapaz para dar o tiro, muitos concluíram que havíamos sido crime político, pois o rapaz que atirou confessou que havia sido contratado para dar um susto em meu pai e em troca ganharia trezentos reais e um emprego na prefeitura de Almirante Tamandaré.

Neste período muitas coisas aconteceram, provas desapareceram, pessoas morreram inclusive o rapaz que atirou e o que o contratou para o serviço também. Importante lembrar que apesar de todo esforço em torno do caso e depois de tanta sujeira, hoje o caso esta parado.

Esta vitoria comemorada por muitos militantes do partido, familiares e amigos de vitimas de crimes políticos têm que servir de incentivo e estimulo para que toda sociedade lute contra os criminosos que não se contentam em roubar o povo desfalcando o serviço publico e cometem crimes tirando a vida de pessoas que ameaçam o seu poder tentando levar um pouco de decência e transparência para a administração publica.

Enquanto a sociedade se mantiver omissa recusando-se a discutir, debater e fiscalizar os políticos, realmente pouca coisa mudará. Os jovens afastavam-se da política, pois se revoltam em ver pessoas despreparadas, com discursos muitas vezes mentirosos que só servem para enganar uma grande parte da população que insiste em votar em candidatos que compram votos com programas assistencialistas e promessas mentirosas.

As mulheres que hoje são mais da metade da população, tentam com muita dificuldade participar da vida pública, no entanto a tripla jornada, a falta de experiência e a falta de financiamento de campanha fazem com que muitas nem ao menos se filiem aos partidos políticos.

É pensando em todos estes aspectos que temos que continuar lutando e acreditando que é possível sim fazermos política neste país. É inadmissível que em pleno século XX ainda temos que pagar com sangue e não mais lutar por espaço, mas contra a violência de algumas pessoas desesperadas por poder e que a cada dia percebem que a derrota das pessoas que usam destes caminhos será inevitável.


Angela Lins Donha – PPS Almirante Tamandaré

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Condenação de padre é alerta para quem mistura violência com política

O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, disse, nesta sexta-feira, que a condenação do padre Adelino Gonçalves, mandante do assassinato do vice-prefeito de Mariluz, Aires Domingues, e do ex-presidente do partido no município, Carlos Alberto de Carvalho, o Carlinhos, serve de alerta para aqueles que ainda pensam em conduzir a política na base da violência e da bala.


Os dois membros do PPS foram assassinados na noite do dia 28 de fevereiro de 2001 por um pistoleiro, que teria sido contratado pelo padre. Ontem, o padre, que na época era prefeito da cidade, foi condenado a 18 anos e nove meses de reclusão. Adelino continua sendo padre, apenas está licenciado para tratamento de saúde.


A Diocese de Campo Mourão, à qual o padre responde, não quer se pronunciar no momento. O bispo dom Francisco Javier deve analisar a situação depois da reunião da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que começa quarta-feira.


Na época do assassinato, o atual presidente do PPS do Paraná, Rubens Bueno, então deputado federal, se pronunciou no Congresso pedindo a apuração rápida dos crimes e a punição dos culpados. Mas oito anos se passaram até o julgamento ser realizado ainda em primeira instância. O advogado do padre afirmou que vai recorrer.


Ontem mesmo, Rubens visitou a viúva do companheiro do PPS em Mariluz e reforçou a crença que um dia a justiça se fará, embora lembre que todos os anos o Diretório do partido no Paraná se dirige ao Ministério Público reforçando a necessidade de esclarecimento deste e de tantos outros crimes políticos cometidos no Estado, a exemplo de Miguel Donha, brutalmente assassinado há nove anos, em Almirante Tamandaré.


"Esse foi um dos crimes mais cruéis que já vi, embora eu venha de um partido no qual muitos foram perseguidos, torturados e mortos pela ditadura. O que não se espera é que um padre, que se propõe a conduzir um rebanho no caminho do bem e da paz, seja o mandante de dois assassinatos bárbaros", disse Freire.


A condenação, continua o presidente do PPS, nos dá o alento, embora não repare a tragédia de interromper a vida de dois homens que enxergavam na política um meio para melhorar a vida das pessoas, principalmente as mais pobres e necessitadas, com as quais um padre também deveria se preocupar.


"A política se faz com palavras, idéias e atitudes. Não é possível admitir que, num regime democrático, continue se tentando valer a lei do mais forte, a lei da bala e do fuzil", finaliza.

terça-feira, 21 de abril de 2009

ADELINO É CONDENADO E ACABA PRESO APÓS JURI POPULAR

Ele foi considerado culpado como mandante de um duplo homicídio ocorrido em 2001 na cidade de Mariluz

Cruzeiro do Oeste/Osmar Nunes

Acusado de ser o mandante de um duplo homicídio ocorrido em 2001 na cidade de Mariluz, o padre Adelino Gonçalves foi condenado a 18 anos e nove meses de reclusão e ainda teve a prisão preventiva decretada pela juíza de Direito, Josiane Pavelski Borges Fonseca durante a leitura da sentença às 22h30 desta quinta-feira no fórum da comarca de Cruzeiro do Oeste. O padre foi algemado pela Polícia Militar e saiu do tribunal do júri direto para a prisão.
O advogado Miguel Nicolau Junior, que fez a defesa do réu, disse que ainda nesta sexta-feira pretende entrar com pedido de hábeas corpus no Tribunal de Justiça do Paraná para que o padre responda ao processo em liberdade, já que a defesa vai recorrer da condenação. Adelino continua padre na região de Guarapuava, mas está em licença para tratamento médico (depressão).
Pe Adelino foi considerado pelos jurados mandante no duplo homicídio que vitimou o vice-prefeito de Mariluz, Aires Domingues e o presidente do PPS local, na época, Carlos Alberto de Carvalho, o Carlinhos. O crime aconteceu na noite do dia 28 de fevereiro de 2001. Na época o padre também era prefeito da cidade. As vítimas participavam de uma reunião política naquela Quarta-Feira de Cinzas quando foram surpreendidas por volta das 20h30 por um pistoleiro que chegou atirando.
Domingues foi quem teria aberto a porta e acabou sendo atingido primeiro. Ele morreu no local. Carlinhos, levou vários tiros tentando fechar a porta e ainda ficou alguns dias internado, mas não resistiu. Porém, antes de morrer ainda prestou depoimento à polícia. O teor da conversa com a polícia foi gravado e o texto lido ontem durante o julgamento. Quando foi indagado pelo policial sobre a autoria do atentado disse e repetiu: ?foi o padre sem dúvida?. Na noite dos crimes, Adelino estava em viagem para Santa Catarina e quando voltou a Mariluz, alguns dias depois, enfrentou protesto violento. Depois acabou preso e ficou quase seis meses atrás das grades em Curitiba. Neste período, o mandato de prefeito foi cassado pela Câmara de Vereadores e assumiu o cargo o cargo de prefeito, o presidente da Câmara na época, Benedito Oscar dos Santos, que era adversário do padre. Em nova eleição, a comunidade elegeu Cido Pinheiro que ficou no cargo até o ano passado.
A esposa de Domingues, dona Geni, e outros familiares das duas vítimas exibiram as fotos deles durante o júri. Dona Geni não depôs, mas disse que queria falar. Ela assegura que antes de morrer, o marido disse repetidas vezes que sofria ameaças de morte feitas pelo padre. Apenas o motivo para os crimes é que ainda deixam dúvidas. O advogado da família de Aires, Juarez dos Santos Junior, afirmou não ter dúvida de que o padre era o principal interessado nos crimes. Ele, assim com a família, entendeu que a pena ficou de bom tamanho.
A suspeita
No processo consta que Carlinhos fez gravações de conversas e reunira material acusando o padre de abuso sexual contra menores em Mariluz. Ele e Aires também estariam rompendo a aliança feita com o padre para a eleição de 2000 porque, ao ser eleito, o prefeito preferiu montar uma equipe com pessoas de outras cidades. Temendo ser denunciado, o padre teria articulado o atentado.
No depoimento de ontem à justiça, o padre negou com veemência as acusações e disse que foi vítima de uma ?tramóia política?. Ele afirma que não sabe quem mandou matar a dupla e reafirma sua inocência.
Outros acusados
Conforme a investigação apurou, quem atirou nas vítimas foi o ex-policial militar José Lucas Mendes. Ele chegou a confessar os crimes e atribuiu o mando ao padre quando falou com a polícia. Mas em juízo mudou o depoimento e inocentou o padre. Mendes morreu na cadeia em Campo Mourão antes de ser julgado.
Os dois funcionários de confiança da Prefeitura de Mariluz na época, Élcio Farias e Alexandro Nascimento, teriam pegado dinheiro do padre para ir a Maringá comprar o carro usado pelo pistoleiro na noite do crime. Farias foi condenado a 10 anos de prisão, cumpriu dois e meio em regime fechado e outros dois e meios em regime semi-aberto. Nascimento foi o único absolvido no processo, mas acabou morto no carro em Campo Mourão.

O JULGAMENTO
O júri popular de ontem começou por volta das 8h30 e só terminou às 22h30. Apesar da repercussão até internacional que o fato ganhou em 2001 nos dias próximos ao fato, inclusive com protesto da população pelas ruas, o clima era de um julgamento comum ontem no fórum da sede da comarca em Cruzeiro do Oeste. Uma média de 30 pessoas permaneceu o tempo todo no plenário, entre elas, vários familiares e amigos próximos das vítimas. Na acusação atuou a promotora Nadir Emília de Melo. Ela entendeu a pena aplicada ao réu ficou de bom tamanho e não pretende recorrer da decisão da juíza Josiane.
Padre Adelino permaneceu o tempo todo com o olhar fixo para a frente. Só se levantou para ir ao banheiro e nos intervalos para lanche. Somente após ouvir a sentença falou com a imprensa e disse que se sentia surpreso com a prisão preventiva. ?Vamos recorrer da decisão porque sou inocente?. Ele afirmou ainda que está sendo vítima de uma armação política criada em Mariluz. Após poucas palavras, ele foi algemado pelos policiais militares e saiu pela porta dos fundos.
O advogado dele permaneceu no plenário tentando encontrar explicação para a prisão do réu. ?Isso é contra o princípio constitucional?. Ele não concordou com a tese da juíza que decretou a prisão porque o réu mora hoje em outra comarca (Guarapuava) e poderia fugir às intimações. O outro agravante relatado pela juíza, após a condenação feita pelos jurados, é que o padre tem antecedentes criminais porque já foi condenado num processo que o acusou de corrupção de menor. Nesse fato, ele cumpriu pena alternativa.
Também pesou na ampliação da pena, o fato de o caso ter ganhado grande comoção social, segundo a juíza, com reflexos até os dias de hoje.
O processo que fez parte do julgamento de 17 de abril de 2009 tem 10 volumes e 2.695 páginas.

domingo, 19 de abril de 2009

Detalhes

Não adianta nem tentar
Me esquecer
Durante muito tempo
Em sua vida
Eu vou viver...

Detalhes tão pequenos
De nós dois
São coisas muito grandes
Prá esquecer
E a toda hora vão
Estar presentes
Você vai ver...

Se um outro cabeludo
Aparecer na sua rua
E isto lhe trouxer
Saudades minhas
A culpa é sua...

O ronco barulhento
Do seu carro
A velha calça desbotada
Ou coisa assim
Imediatamente você vai
Lembrar de mim...

Eu sei que um outro
Deve estar falando
Ao seu ouvido
Palavras de amor
Como eu falei
Mas eu duvido!
Duvido que ele tenha
Tanto amor
E até os erros
Do meu português ruim
E nessa hora você vai
Lembrar de mim...

A noite envolvida
No silêncio do seu quarto
Antes de dormir você procura
O meu retrato
Mas da moldura não sou eu
Quem lhe sorri
Mas você vê o meu sorriso
Mesmo assim
E tudo isso vai fazer você
Lembrar de mim...

Se alguém tocar
Seu corpo como eu
Não diga nada
Não vá dizer
Meu nome sem querer
À pessoa errada...

Pensando ter amor
Nesse momento
Desesperada você
Tenta até o fim
E até nesse momento você vai
Lembrar de mim...

Eu sei que esses detalhes
Vão sumir na longa estrada
Do tempo que transforma
Todo amor em quase nada
Mas "quase"
Também é mais um detalhe
Um grande amor
Não vai morrer assim
Por isso
De vez em quando você vai
Vai lembrar de mim...

Não adianta nem tentar
Me esquecer
Durante muito
Muito tempo em sua vida
Eu vou viver
Não, não adianta nem tentar
Me esquecer...

sábado, 18 de abril de 2009

Ele foi considerado culpado como mandante de um duplo homicídio ocorrido em 2001 na cidade de Mariluz; júri foi ontem e durou 14 horas em Cruzeiro do Oeste

Cruzeiro do Oeste/Osmar Nunes
editoria@ilustrado.com.br


Acusado de ser o mandante de um duplo homicídio ocorrido em 2001 na cidade de Mariluz, o padre Adelino Gonçalves foi condenado a 18 anos e nove meses de reclusão e ainda teve a prisão preventiva decretada pela juíza de Direito, Josiane Pavelski Borges Fonseca durante a leitura da sentença às 22h30 desta quinta-feira no fórum da comarca de Cruzeiro do Oeste. O padre foi algemado pela Polícia Militar e saiu do tribunal do júri direto para a prisão.


O advogado Miguel Nicolau Junior, que fez a defesa do réu, disse que ainda nesta sexta-feira pretende entrar com pedido de hábeas corpus no Tribunal de Justiça do Paraná para que o padre responda ao processo em liberdade, já que a defesa vai recorrer da condenação. Adelino continua padre na região de Guarapuava, mas está em licença para tratamento médico (depressão).

Pe Adelino foi considerado pelos jurados mandante no duplo homicídio que vitimou o vice-prefeito de Mariluz, Aires Domingues e o presidente do PPS local, na época, Carlos Alberto de Carvalho, o Carlinhos. O crime aconteceu na noite do dia 28 de fevereiro de 2001. Na época o padre também era prefeito da cidade. As vítimas participavam de uma reunião política naquela Quarta-Feira de Cinzas quando foram surpreendidas por volta das 20h30 por um pistoleiro que chegou atirando.

Domingues foi quem teria aberto a porta e acabou sendo atingido primeiro. Ele morreu no local. Carlinhos, levou vários tiros tentando fechar a porta e ainda ficou alguns dias internado, mas não resistiu. Porém, antes de morrer ainda prestou depoimento à polícia. O teor da conversa com a polícia foi gravado e o texto lido ontem durante o julgamento. Quando foi indagado pelo policial sobre a autoria do atentado disse e repetiu: ?foi o padre sem dúvida?. Na noite dos crimes, Adelino estava em viagem para Santa Catarina e quando voltou a Mariluz, alguns dias depois, enfrentou protesto violento. Depois acabou preso e ficou quase seis meses atrás das grades em Curitiba. Neste período, o mandato de prefeito foi cassado pela Câmara de Vereadores e assumiu o cargo o cargo de prefeito, o presidente da Câmara na época, Benedito Oscar dos Santos, que era adversário do padre. Em nova eleição, a comunidade elegeu Cido Pinheiro que ficou no cargo até o ano passado.

A esposa de Domingues, dona Geni, e outros familiares das duas vítimas exibiram as fotos deles durante o júri. Dona Geni não depôs, mas disse que queria falar. Ela assegura que antes de morrer, o marido disse repetidas vezes que sofria ameaças de morte feitas pelo padre. Apenas o motivo para os crimes é que ainda deixam dúvidas. O advogado da família de Aires, Juarez dos Santos Junior, afirmou não ter dúvida de que o padre era o principal interessado nos crimes. Ele, assim com a família, entendeu que a pena ficou de bom tamanho.
A suspeita

No processo consta que Carlinhos fez gravações de conversas e reunira material acusando o padre de abuso sexual contra menores em Mariluz. Ele e Aires também estariam rompendo a aliança feita com o padre para a eleição de 2000 porque, ao ser eleito, o prefeito preferiu montar uma equipe com pessoas de outras cidades. Temendo ser denunciado, o padre teria articulado o atentado.
No depoimento de ontem à justiça, o padre negou com veemência as acusações e disse que foi vítima de uma ?tramóia política?. Ele afirma que não sabe quem mandou matar a dupla e reafirma sua inocência.

Outros acusados

Conforme a investigação apurou, quem atirou nas vítimas foi o ex-policial militar José Lucas Mendes. Ele chegou a confessar os crimes e atribuiu o mando ao padre quando falou com a polícia. Mas em juízo mudou o depoimento e inocentou o padre. Mendes morreu na cadeia em Campo Mourão antes de ser julgado.
Os dois funcionários de confiança da Prefeitura de Mariluz na época, Élcio Farias e Alexandro Nascimento, teriam pegado dinheiro do padre para ir a Maringá comprar o carro usado pelo pistoleiro na noite do crime. Farias foi condenado a 10 anos de prisão, cumpriu dois e meio em regime fechado e outros dois e meios em regime semi-aberto. Nascimento foi o único absolvido no processo, mas acabou morto no carro em Campo Mourão.


O JULGAMENTO
O júri popular de ontem começou por volta das 8h30 e só terminou às 22h30. Apesar da repercussão até internacional que o fato ganhou em 2001 nos dias próximos ao fato, inclusive com protesto da população pelas ruas, o clima era de um julgamento comum ontem no fórum da sede da comarca em Cruzeiro do Oeste. Uma média de 30 pessoas permaneceu o tempo todo no plenário, entre elas, vários familiares e amigos próximos das vítimas. Na acusação atuou a promotora Nadir Emília de Melo. Ela entendeu a pena aplicada ao réu ficou de bom tamanho e não pretende recorrer da decisão da juíza Josiane.

Padre Adelino permaneceu o tempo todo com o olhar fixo para a frente. Só se levantou para ir ao banheiro e nos intervalos para lanche. Somente após ouvir a sentença falou com a imprensa e disse que se sentia surpreso com a prisão preventiva. ?Vamos recorrer da decisão porque sou inocente?. Ele afirmou ainda que está sendo vítima de uma armação política criada em Mariluz. Após poucas palavras, ele foi algemado pelos policiais militares e saiu pela porta dos fundos.
O advogado dele permaneceu no plenário tentando encontrar explicação para a prisão do réu. ?Isso é contra o princípio constitucional?. Ele não concordou com a tese da juíza que decretou a prisão porque o réu mora hoje em outra comarca (Guarapuava) e poderia fugir às intimações. O outro agravante relatado pela juíza, após a condenação feita pelos jurados, é que o padre tem antecedentes criminais porque já foi condenado num processo que o acusou de corrupção de menor. Nesse fato, ele cumpriu pena alternativa.
Também pesou na ampliação da pena, o fato de o caso ter ganhado grande comoção social, segundo a juíza, com reflexos até os dias de hoje.
O processo que fez parte do julgamento de ontem tem 10 volumes e 2.695 páginas.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

...e o Tempo...


'A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.Quando se vê, já são seis horas!Quando se vê, já é sexta-feira...Quando se vê, já terminou o ano...Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.Quando se vê, já passaram-se 50 anos!Agora é tarde demais para ser reprovado.
Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas.Desta forma, eu digo:
Não deixe de fazer algo que gosta devido à falta de tempo,
a única falta que terá, será desse tempo que infelizmente não voltará mais.'

Mário Quintana

quarta-feira, 25 de março de 2009

PCB-PPS completa 87 anos de história

O Partido Popular Socialista (PPS) comemora, nesta quarta-feira, 87 anos de lutas pelo Brasil. É, sem dúvida, a força política mais resistente na história do país. Nascido no dia 25 de março de 1922, em Niterói, como PC-SBIC (Partido Comunista, Seção Brasileira da Internacional Comunista), mudou seu nome para PPS em seu X Congresso, em São Paulo, no dia 26 de janeiro de 1992. Legenda reconhecida por sua combatividade, atravessou a história política do país sempre lutando pelo direito dos trabalhadores e levantando a bandeira da justiça social. Foi perseguida duramente por isso. Militantes foram presos, torturados e assassinados por ditaduras. Na maior parte de sua história, teve que atuar na clandestinidade. Nesse período, teve seu principal líder, Luiz Carlos Prestes, duramente perseguido por diversos governos autoritários. O Cavaleiro da Esperança passou anos na cadeia, mas nunca deixou de participar ativamente da vida política brasileira, comandando, mesmo do cárcere, a atuação do partido junto a movimentos populares. No decorrer da história, o PCB teve papel destacado nos principais acontecimentos políticos do país. (Confira mais sobre esse período) Na década de 80, com a retomada da democracia no Brasil e a consequente legalização da legenda, o processo de renovação interna do partido ganha força. A queda do muro de Berlim, em 1989, e a derrocada do "socialismo real" no Leste europeu reforçam essa necessidade. Nesse período, o ainda PCB lançou pela primeira vez candidato próprio a presidente da República, nas primeiras eleições diretas após o fim da ditadura militar. Roberto Freire, presidente do partido, percorreu o país numa campanha histórica para os comunistas. Em 1992 a mudança se concretiza. Freire, então presidente do PCB, convoca o X Congresso que altera o nome e a sigla de Partido Comunista Brasileiro - PCB para Partido Popular Socialista - PPS (leia o Manifesto de Fundação do PPS). O PCB se torna então o primeiro PC no continente a mudar radicalmente sua política, sua estrutura orgânica e sua simbologia. De lá para cá, o PPS lançou mais duas vezes candidato próprio a presidente da República. O ex-governador do Ceará e atual deputado Ciro Gomes, que deixou a legenda em 2005, concorreu como candidato a presidente pelo PPS em 1998 e 2002. Em 2006, o partido apoiou a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB). Para 2010, o meta do PPS já está definida: integrar o bloco de oposição junto com PSDB e DEM e outras forças democráticas para enfrentar o candidato apoiado pelo presidente Lula e conquistar a Presidência da República.
Fonte: www.ppspr.gov.br

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Esse Brilho Em Teu Olhar

Eu te procuro quando me sinto em perigo
Quando cai um raio e soa um trovão
Eu te procuro quando alegria eu sinto
Só você traduz a sensação
Contigo eu me esparramo, não tem engano, não, nem erro não
Nem ilusão nessa canção
Essa canção quer você todo tempo que eu perdi
Todo lance que rolar
Cada momento e em qualquer lugar
Ou enquanto acender esse brilho em teu olhar

Leo Jaime

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Deputados estaduais do PPS-PR renunciam a aposentadoria

Gazeta do Povo: Deputados estaduais do PPS-PR renunciam a aposentadoria especial
Data: 12/2/2009 11:37

Justus diz não ter pressa para criar aposentadoria Kátia Chagas O projeto que cria a aposentadoria especial dos deputados estaduais só deve virar lei estadual após o aval do Ministério da Previdência. O presidente da Assembleia Legislativa, Nelson Justus (DEM), afirmou ontem que não tem pressa em promulgar o projeto porque “não é prioridade na sua gestão”. Ele disse que vai pessoalmente a Brasília após o carnaval explicar a proposta aos técnicos da Secretaria de Previdência Complementar, órgão ligado ao Ministério da Previdência. O projeto foi aprovado na madrugada da última sessão da Assembleia, em dezembro de 2008. O governador Roberto Requião (PMDB) se recusou a sancionar a lei e devolveu esta semana o projeto à Assembleia com o argumento de que não concorda com esse tipo benefício. Justus terá de promulgar a lei, mas resolveu desacelerar o processo para evitar um novo desgaste político para a Assembleia caso o plano seja barrado pelo Ministério da Previdência. Foi o que ocorreu com a lei anterior criando a aposentadoria. Aprovada em 2006, a lei sofreu modificações a pedido do órgão. “Fizemos todas as correções que o ministério pediu e vamos perguntar agora se o plano está bom assim ou precisa de mais mudanças. Se estiver tudo ok promulgamos”, explicou o presidente. Para Justus, não há nada de ilegal no projeto. A proposta foi elaborada pelo especialista em previdência Renato Follador. Alguns pontos da lei, no entanto, não estão claros. Ninguém sabe quanto o Legislativo vai desembolsar para criar o fundo de aposentadoria complementar. Segundo Justus, não há como ter esse cálculo porque a Assembleia não sabe quantos deputados, funcionários estatutários e comissionados querem aderir ao plano. Não há um cálculo atuarial definindo o valor da contribuição baseado no número de participantes. Pela lei, metade da contribuição mensal de cada parlamentar será paga pelo Legislativo. Para ter direito a um benefício de até 85% do salário, ou seja, R$ 10 mil mensais, o parlamentar deverá ter cinco mandatos, mais de 60 anos e 35 anos de contribuição ao INSS. Cautela Mesmo os deputados que votaram contra o projeto são comedidos ao falar do benefício. “Não quero ofender ninguém porque todos têm direito de se aposentar, mas nesse fundo vai dinheiro público. Algumas atitudes como essa acabam desgastando os políticos”, disse Douglas Fabrício (PPS). O líder do PT, Péricles Melo, embora tenha votado favorável, nem quis entrar no mérito. “Vamos nos posicionar depois de uma reunião da executiva estadual sobre o assunto”, afirmou. O colega de bancada, Tadeu Veneri, que é contra o plano, está cobrando uma posição oficial da direção do PT. O líder do PMDB, Waldyr Pugliesi, disse que votou favorável em “solidariedade” aos colegas, mas não conhece detalhes sobre como vai funcionar o plano. Alguns deputados que votaram contra o projeto assinaram um documento renunciando ao benefício. São eles: Douglas Fabrício, Marcelo Rangel (PPS), Beti Pavin (PMDB), Élton Welter (PT), Rosane Ferreira (PV), Valdir Rossoni (PSDB) e Professor Luizão (PT) – atual prefeito de Pinhais.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

O PPS e a luta pelo empoderamento feminino na política partidária


A política partidária é tradicionalmente uma esfera de atuação masculina. Concorrer a cargos eletivos e exercer um mandato está longe de ser algo que só os homens têm talento e capacidade para fazer, mas, ainda assim, falta espaço e incentivo para as mulheres adentrarem e conquistarem essa área. Basta olhar os números das eleições municipais de 2008.
Quanto ao Legislativo municipal, as mulheres representaram, nestas eleições, somente 22,07% do total de candidatos e 12,52% dos vereadores eleitos. É importante lembrar que, em 2004, as mulheres representavam 22,13% dos candidatos a vereador e 12,65% do total de eleitos. Ou seja, houve diminuição da participação feminina para o cargo, apesar de haver uma lei de cotas. Aliás, em 2008, nenhum dos 27 partidos cumpriu a Lei 9.504/97, que reserva um percentual mínimo de 30% das vagas de candidatura ao sexo minoritário em eleições proporcionais.
O PPS não fugiu à regra: com 21,45% de mulheres candidatas a vereadora, o partido não só deixou de cumprir a lei como também ficou abaixo da média nacional de candidaturas femininas (22,07%). Com o fim do pleito e a apuração dos votos, o PPS novamente se colocou abaixo da média nacional de vereadoras eleitas (12,52%), tendo somente 10,34% de mulheres no quadro de seus novos vereadores.
Em relação ao Executivo municipal, as mulheres foram 10,64% do total de candidatos e 9,07% dos prefeitos eleitos. Em 2004, elas foram 9,53% das candidaturas e 7,32% dos eleitos. Ou seja, houve um tímido crescimento na eleição de prefeitas. Ainda assim, o PPS ficou abaixo da média nacional tanto no que se refere às candidaturas femininas (10,06%) quanto no que se refere à eleição de prefeitas (7,62%).
Diagnosticando os problemas e desafios à participação feminina
O envolvimento das mulheres na política, por uma série de problemas estruturais (e não de origem particular, individual), sempre foi pequeno. Contudo, chama-nos atenção o fato que, neste ano, a participação partidária feminina sofreu diminuição na disputa pelo Legislativo em relação a 2004, ao passo que aumentou no caso do Executivo, apesar de a lei de cotas se aplicar em eleições proporcionais e não em eleições majoritárias. A partir deste problema, sistematizamos alguns fatores que explicam esse fenômeno e o baixo envolvimento de mulheres como um todo:

– A lei eleitoral não está sendo eficaz. Como vimos, houve crescimento das candidaturas femininas a prefeita, eleição majoritária que não é contemplada pelo sistema de cotas, e queda na disputa pelos cargos legislativos e eleição de vereadoras. O que se pode concluir é que o sistema de cotas não tem apresentado efeitos diretos sobre as candidaturas e possui um caráter mais simbólico. Além disso, a mesma lei que estabelece cotas providencia o mecanismo para neutralizar seus efeitos: não há sanções para o não-cumprimento da lei 9.504/97 e, para piorar, os partidos podem oferecer até 150% do número de lugares a preencher, o que permite oferecer mais homens e nenhuma mulher sem violar nenhuma norma.

Lei 9.504/97

Há 100 vagas na Câmara dos Vereadores. A princípio, cada partido poderia, oferecer 100 candidatos, sendo que (no mínimo) 30 seriam mulheres. Entretanto, a lei 9.504/97 permite que sejam oferecidos 150 candidatos, com o mínimo de 45 mulheres. Mas, como o partido não é punido em caso de descumprimento e pode deixar em aberto as 45 vagas femininas, ele simplesmente oferece 105 homens e nenhuma mulher para disputar as 100 vagas sem violar nenhuma norma.

– As mulheres ficam em casa e os maridos vão para os partidos. Com a divisão sexual do trabalho, as mulheres acumulam as tarefas de seu emprego e do trabalho doméstico, com o qual os homens não se envolvem muito. Assim, os maridos contam com tempo e disposição para se envolver em atividades partidárias e sindicais, enquanto as mulheres são absorvidas pelas tarefas do lar após chegarem do trabalho. A construção de uma carreira política é extremamente onerosa para as mulheres. Sem recursos financeiros ou influência, sem tempo para a ação política por conta da dupla jornada de trabalho, com a responsabilidade de cuidar da casa e dos filhos, é muito difícil participar da política partidária.

– Os eleitores e os partidos não colaboram. O Brasil é um país extremamente machista e grande parcela da sociedade acredita que há atividades distintas para homens e mulheres. Poucos eleitores votam em mulheres, poucos partidos incentivam suas militantes a se tornar líderes e candidatas.

Qual o papel do PPS e dos outros partidos nessa luta?

Reconhecendo tudo o que acaba de ser argumentado, os partidos precisam tomar parte na luta contra o fato de estarmos sempre à margem das candidaturas na disputa eleitoral de forma mais ativa. Não só para ajudá-las, mas para se ajudar: cada vez mais, acadêmicos de Ciência Política apontam a sub-representação feminina como um fator de déficit democrático. Países (e partidos) que contam com um alto grau de participação feminina na política são vistos como mais inclusivos, justos e democráticos.
Desta forma, os partidos políticos, se desejam ser reconhecidos como mais progressistas, precisam se empenhar em acolher cada vez mais mulheres e reconhecer a necessidade de ampliação de sua participação política para o aprofundamento da democracia. O argumento "não conseguimos preencher as listas de candidaturas femininas", além de cômodo e machista, não está colando mais. Os partidos precisam cumprir a lei eleitoral. E o que precisam fazer para produzir boas candidatas é se dedicar ao trabalho de capacitação e empoderamento das mulheres que militam no partido.
Há muitas mulheres competentes trabalhando nos bastidores dos partidos que necessitam de incentivo e apoio. Os partidos, em geral, não estimulam a participação delas. As raras mulheres bem-recebidas possuem extraordinária trajetória política e, freqüentemente, candidatas comuns são deixadas de lado em benefício de candidatos comuns. Muitas mulheres que pensam em se candidatar acabam desistindo, pois não possuem nem o apoio do partido nem apoio financeiro necessários a uma campanha.

O que fazer?

Para incorporar mulheres à política partidária e superar as dificuldades listadas, é preciso:

– Reformar a lei eleitoral para obrigar os partidos a lançar mais candidatas. O mecanismo de ação afirmativa NÃO DEVE SER DESCARTADO, ele precisa ser aprimorado. Uma proposta simples seria trocar o termo "vagas" por "candidaturas" na lei 9.504 e estabelecer uma sanção ao não-cumprimento das cotas. Uma sugestão mais radical seria levar a cabo uma reforma política que inclua a adoção de listas de candidatura fechadas com alternância de sexo. De qualquer forma, seriam necessárias medidas complementares (financiamento público exclusivo das campanhas, reserva de tempo de propaganda política para mulheres, destinação de percentual do fundo partidária para as mulheres).

– Distribuição das tarefas domésticas. É preciso combater os impactos da divisão sexual do trabalho com políticas sociais, para que as mulheres possam participar mais. Todos sabem que a mulher é a principal responsável pelos afazeres do lar e que a falta de uma distribuição igualitária de tarefas domésticas e a ausência de uma cobertura de educação pré-escolar contribuem para seu afastamento da política institucional, que demanda tempo e dedicação.

– Combater o machismo no eleitorado e nos partidos. É preciso desenvolver uma cultura política mais igualitária e inclusiva, de modo a valorizar outros tipos de participação que não as formas de ação ligadas ao mundo masculino, de classe média alta, da população branca. Os partidos políticos e os eleitores precisam tomar consciência que as mulheres são tão competentes e necessárias ao mundo público quanto os homens."

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

CRIME POLÍTICO: Nove anos da morte de Donha e nada foi esclarecidoData: 22/1/2009 14:51

Cansado de solicitar esclarecimentos à Justiça e ao Ministério Público, o PPS do Paraná protestou no seu portal com uma tarja preta em sinal de luto pelo assassinato político de seu militante, Miguel Donha, ocorrido em 22 janeiro de 2000, em Almirante Tamandaré. "Nove anos se passaram e nenhuma solução encontrada. As inúmeras substituições de autoridades em todas as esferas estão fazendo cair no esquecimento este grave crime político que abalou Curitiba e região metropolitana", afirmou Rubens Bueno, presidente estadual. Donha se preparava para disputar a prefeitura de Almirante Tamandaré, quando foi sequestrado e assassinado por pistoleiros contratados para dar fim à vida de um possível obstáculo às pretensões políticas adversárias nas eleições de 2000. Apesar da descrença, a viúva Iara Donha continua aguardando uma solução para o caso: "Não é possível que o Estado brasileiro não dê atenção à cidadania, especialmente aos inocentes que perderam sua vida e nada é esclarecido. O mais grave que o caso do Miguel tem caráter político".
MARILUZ No dia 28 de janeiro de 2001 mais dois crimes políticos insolúveis, os assassinatos do vice-prefeito de Mariluz, Aires Domingos e do presidente do PPS local, Carlos Alberto de Carvalho. O Ministério Público indicou como mandante o Padre Adelino, então prefeito da cidade, que teria contratado o ex-sargento da PM, José Lucas Mendes, como pistoleiro para dar fim à vida dos dois líderes políticos.
CAMPO LARGO Em dezembro de 2005, o empresário Sérgio Roberto Marciglio foi encontrado encontrado morto com um corte na garganta e até hoje esse crime também não foi esclarecido. Marciglio tinha sido candidato a vice-prefeito de Campo Largo nas eleições de 2004 pelo PPS.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009


Minha alma canta
Vejo o Rio de Janeiro
Estou morrendo de saudades Rio, seu mar
Praia sem fim Rio, você foi feito prá mim
Cristo Redentor Braços abertos sobre a Guanabara
Este samba é só porque Rio, eu gosto de você
A morena vai sambar
Seu corpo todo balançar Rio de sol, de céu, de mar
Dentro de um minuto estaremos no Galeão
Este samba é só porque Rio, eu gosto de você
A morena vai sambar
Seu corpo todo balançar
Aperte o cinto, vamos chegar Água brilhando, olha a pista chegando
E vamos nós Aterrar...

domingo, 4 de janeiro de 2009


O Rio de Janeiro

Continua lindo

O Rio de Janeiro

Continua sendo

O Rio de Janeiro

Fevereiro e março...

Alô, alô, Realengo

Aquele Abraço!

Alô torcida do Flamengo

Aquele abraço!...


Chacrinha continua

Balançando a pança

E buzinando a moça

E comandando a massa

E continua dando

As ordens no terreiro...


Alô, alô, seu Chacrinha

Velho guerreiro

Alô, alô, Terezinha

Rio de Janeiro

Alô, alô, seu Chacrinha

Velho palhaço

Alô, alô, Terezinha

Aquele Abraço!...

Alô moça da favela

Aquele Abraço!

Todo mundo da Portela

Aquele Abraço!

Todo mês de fevereiro

Aquele passo!

Alô Banda de Ipanema

Aquele Abraço!...

Meu caminho pelo mundo

Eu mesmo traço

A Bahia já me deu

Régua e compasso

Quem sabe de mim sou eu

Aquele Abraço!

Prá você que meu esqueceu

Ruuummm!

Aquele Abraço!

Alô Rio de Janeiro

Aquele Abraço!

Todo o povo brasileiro

Aquele Abraço!...


O Rio de Janeiro

Continua lindo

O Rio de Janeiro

Continua sendo

O Rio de Janeiro

Fevereiro e março...